A professora, historiadora e pesquisadora Adriana Pereira Campos é a nova imortal da Academia Espírito-santense de Letras (AEL). A autora foi eleita para a cadeira de nº 05 da instituição, antes ocupada pelo saudoso acadêmico Samuel Machado Duarte, falecido em 17 de abril de 2024, aos 89 anos.
A reunião ordinária que definiu a eleição de Adriana Pereira Campos foi realizada nesta segunda-feira, na sede da AEL, também conhecida como a Casa Kosciuszko Barbosa Leão, em homenagem ao patrono que fez a doação de sua residência à entidade.
Nascida em Cachoeiro de Itapemirim, em 1966, Adriana Pereira Campos é licenciada e doutora em História, com pós-doutorado em Lisboa e na França. Pesquisadora dos escritores do século XIX, ela possui trabalhos publicados sobre os patronos da AEL: Marcelino Pinto Ribeiro Duarte, José Marcelino Pereira de Vasconcelos e Carlos Xavier Paes Barreto.
Entre os livros de sua autoria destacam-se Da África ao Brasil, Risos, rebeldia e política, O Espírito Santo no Oitocentos, Juízes de Paz e 160 anos de História. A Biblioteca Pública do Espírito Santo.
De acordo com o estatuto da AEL, o novo acadêmico tomará posse no prazo de 180 dias.
Colegas da Academia de Letras do Espírito Santo, amigos e familiares.
É com profunda gratidão e honra que recebo hoje a responsabilidade de integrar a prestigiosa Academia Espírito-Santense de Letras. Agradeço a confiança que me foi depositada e o acolhimento caloroso por parte de todos os membros desta casa que, há 103 anos, preserva e promove a cultura, a literatura e a arte no nosso estado.
Este é um momento de imensa importância, não apenas para mim, mas para todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para minha trajetória literária. A literatura, em sua essência, é um espaço de encontros, de diálogos e de construção coletiva. É nesse espírito de colaboração que me coloco à disposição desta Academia, para contribuir da melhor maneira possível para o desenvolvimento das letras capixabas e para o fortalecimento do nosso patrimônio cultural.
Acredito que a missão de uma Academia de Letras vai muito além da salvaguarda do legado de nossos grandes autores e pensadores. Ela também tem a tarefa de estimular novas vozes, novas narrativas, e de ser um espaço inclusivo onde todas as formas de expressão cultural possam encontrar eco. Minha intenção é honrar esta missão e participar ativamente das discussões e ações que possam levar adiante essa visão.
Quero dedicar este momento a todos aqueles que me inspiraram ao longo do caminho – mestres, alunos, colegas de letras, amigos e, claro, minha família. Vocês são parte dessa conquista e estarão sempre presentes em cada novo projeto que eu assumir.
Estou ansiosa para compartilhar essa jornada com todos vocês, aprendendo e crescendo com os grandes nomes que compõem esta casa, e, juntos, continuarmos a promover a literatura como um instrumento de transformação e diálogo na nossa sociedade.
Muito obrigada!