Francisco Aurélio Ribeiro

3º ocupante

Nasceu em Ibitirama em 22 de agosto de 1955. Graduado em Letras Português/Inglês pela FAFIMGSJ, de Cachoeiro de Itapemirim, em 1976, e em Direito pela Faculdade de Direito de Itapemirim, em 1977. Especializou-se em Língua Portuguesa pela PUC-MG, 1979. Professor de Literatura da UFES, de 1982 a 2000. Fez Mestrado em Literatura Brasileira (1986) e Doutorado em Literatura Comparada (1990) pela UFMG. Escreveu obras de crítica literária: Estudos críticos da literatura capixaba (1990), A modernidade das letras capixabas (1993), A literatura infantojuvenil de Clarice Lispector (1993), e várias obras de literatura infantojuvenil, além de poemas e crônicas. Cronista do jornal A Gazeta. Sessão de posse na AESL: 13/12/1993. Presidente da AESL de 1999 a 2001, de 2005 a 2007 e de 2008 a 2010. Eleito presidente da AEL para o mandato 2013-2016 e reeleito para 2017-2019. Publicou: A literatura do Espírito Santo: uma marginalidade periférica (1995); Antologia de escritoras capixabas (1999); Fantasmas da infância (1997); Leitura e literatura infantojuvenil (1998); Das cidades e sua memória (1995); Literatura e marginalidades (2000); Vida vivida (poemas, 1997). Participou da antologia Alguns de nós, 2001, org. de Miguel Marvilla e Maria Helena T. de Siqueira. Pesquisador da Literatura e História do Espírito Santo e orientador de pesquisas nas áreas “Mulher e Literatura” e “Questões da Alteridade” no Mestrado em Estudos Literários da UFES até 2008. Em 2005, publicou Haydée Nicolussi: 1905/1970. Poeta, revolucionária e romântica, pesquisa de vários anos sobre essa escritora capixaba. Também auxiliou na realização do curta-metragem Festa na sombra, de Margarete Taquete e Glecy Coutinho, sobre a mesma escritora. Em 2006, publicou A vingança de Maria Ortiz e outras crônicas. Tem trabalhos publicados em diversas revistas nacionais e internacionais, na Costa Rica, Equador, EUA, dentre outros.  Publicou ainda: Companhia Siderúrgica de Tubarão: A história de uma empresa (2005); O Convento da Penha. Fé e religiosidade do povo capixaba (2006); Afonso Cláudio. Coleção Grandes Nomes do Espírito Santo (2007); Ainda resta uma esperança. Haydeé Nicolussi: Vida e obra (Coleção Roberto Almada, volume 14, 2007); Dicionário de escritores e escritoras do Espírito Santo, em parceria com Thelma Maria Azevedo (2008); Olhar para o mundo (crônicas de viagem, 2009); Gentes de minha terra. Etnias 2 (2009); Nos passos de Anchieta (2009); Findes: 50 anos (2010); Literatura do Espírito Santo. Ensaios história e crítica (2010); Ensaios de leitura e literatura infantojuvenil (2010); Adeus, amigo e outras crônicas (2012); Método confuso. Mendes Fradique:Vida e obra (2012). O menino e os ciganos (infantojuvenil, 2012); Ler e escrever Rubem Braga (crônicas, Org., 2013); Viajando pelo mundo em fotos e crônicas (2013); Histórias capixabas (2019).

 

Alberto Stange Júnior

2º ocupante

Nasceu em Santa Leopoldina, ES, em 03 de outubro de 1910. Diplomou‑se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Educador de renome. Catedrático de Geografia da Escola Normal Pedro II, em Vitória, professor titular e Emérito da Univer­sidade Federal do Espírito Santo, diretor do Colégio Americano de Vitória, de 1935 a 1967; diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UFES; presidente do Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo, tendo dirigido a Secretaria de Educação e Cultura do mesmo estado, além de ter participado de vários eventos culturais, como congressos nacionais e internacionais de Educação, Geografia e Psicologia. Presidente do IHGES, pertenceu à Associação Espírito‑santense de Imprensa, à Associação de Juristas do Espírito Santo. Venerável da Loja Maçônica “União e Progresso”, em Vitória, por várias gestões. Detentor das seguintes comendas: Medalha D. Pedro I, conferida pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; Ordem Estadual do Mérito Jerônimo Monteiro, no grau de Comendador, concedida pelo Governo do Espírito Santo, a 12 de março de 1975; Amigo da Marinha, título conferido pela Marinha de Guerra, a 13 de dezembro de 1972; Medalha Domingos José Martins, comemorativa do arcabuzamento do herói espírito‑santense, concedida pela IHGES; Medalha Padre Anchieta, comemorativa do 450º aniversário de nascimento do jesuíta, conferida pelo IHGES, e Medalha Vasco Fernandes Coutinho, comemorativa do 450° aniversário de Colonização do Solo Espírito‑santense, outorgada pela Federação das Indústrias do Espírito Santo. Publicou: Montanhas de Vitória (conferência pronunciada no salão nobre da Prefeitura Municipal de Vitória, 1943); Pesquisa antropológica (conferência no Centro de Estudos Geográficos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UFES, durante a III Semana de Geografia, 1968); Um sonho (discurso de paraninfo, 1941); No pórtico da Academia (discurso de posse na AEL, 1942); Loren Reno, educador (discurso, 1964); O ciclo cósmico (tese, 1934); e Montanhas de Vitória & outros escritos (ed. IHGES, 1985). Morreu em Vitória, em 22/08/1992.

 

Archimimo Martins de Mattos

1º ocupante

Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, ES, em 04 de fevereiro de 1880. Farmacêutico, médico e jornalista. Fundou e dirigiu, em Vitória, o Gabinete de Identificação e Datiloscopia; comandou a Força Pública; foi secretário do Interior e Justiça e diretor da Penitenciária. Organizou a representação do Espírito Santo na Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil. Redator‑chefe do Diário da Manhã e superintendente da Imprensa Oficial do Estado. Fundou, em 1916, com Antônio Francisco Athayde e Carlos Xavier Paes Barreto, o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, tendo, em 1937, reorganizado, juntamente com Augusto Emílio Estellita Lins e Ciro Vieira da Cunha, a Academia Espírito‑santense de Letras, de que foi presidente. Publicou: A descoberta da América e suas consequências (1922); Catálogo geral das madeiras do Espírito Santo (1922); Catálogo de plantas medicinais, têxteis e ornamentais do Espírito Santo (1922); Economia e estatística (mapas e gráficos, 1922); Subsídio para o estudo geológico e mineralógico do Espírito Santo (1923); Óleos vegetais e suas fontes de produção (1923); Aborto criminoso (tese, 1923); Notas de uma carteira (1926); História longa em frases curtas (1928); A influência da colonização branca no desenvolvimento do Espírito Santo, além de ensaios e conferências estampados na imprensa. Faleceu, em Vitória, em 05 de junho de 1941.

 

Bernardo Horta de Araújo

Patrono

Nasceu na antiga vila de Itapemirim, ES, em 20 de fevereiro de 1862. Fez o curso de humanidades no Ateneu Provincial, em Vitória, diplomando‑se, em 1880, pela Faculdade de Farmácia de Ouro Preto. Fundou, em 1887, com outros companheiros, o Clube Republicano de Cachoeiro de Itapemirim, ocasião em que passou a colaborar, ativamente, no jornal Cachoeirano, de propriedade do jovem médico Antônio Gomes Aguirre, de quem se tornou grande amigo, notabilizando‑se na imprensa local, “pela sua pena inflamada e coerente”, seus discursos, em praça pública, despertando sempre os mais vibrantes aplausos, tanto ali como em outros municípios, durante a campanha pela queda da monarquia. “Proclamada a República, nada exigiu. Eleito deputado, sofreu a primeira das grandes decepções de sua vida. Legítimo defensor dos ideais republicanos, dos quais fora propagandista ardoroso, teve seu diploma contestado (...) Seus amigos de Cachoeiro de Itapemirim, contudo, em reconhecimento a seus grandes méritos, decidiram reparar a injustiça e o elegeram, então, para o governo da cidade. Sua administração foi das mais operosas: calçou ruas, construiu pontes, normalizou as finanças, estabeleceu o serviço de iluminação elétrica, muito contribuindo para a ligação ferroviária de Cachoeiro, sendo‑lhe prestada expressiva homenagem no dia em que se inaugurou a estação”. Em 1903, foi eleito deputado federal, distinguindo‑se, durante todo o mandato, pela oportunidade e justeza de seus pronunciamentos, apartes e projetos. Publicou: A Abolição e a República (1908) e Limites dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo (s/d). Suicidou‑se, no Rio de Janeiro, na madrugada de 20 de fevereiro de 1913, após uma existência pontilhada de muitos sofrimentos e atribulações.

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