Evandro Moreira

4º ocupante

Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, em 27 de novembro de 1939. Bacharel em Direito. Funcionário do Banco do Brasil, em Alegre, ES. Fundador e diretor do jornal Mensagem, editado em Alegre, ES, desde 1967. Detentor de vários prêmios literários, publicou: A lenda das rosas (poemas, 1960); Meu amigo Newton Braga (polianteia, 1963); Cárcere de almas (poesias, Rio de Janeiro, Editora Pongetti, 1965); A outra face do espelho (poesias, Rio de Janeiro, Editora Leitura/INL, 1966); Operário morto (poesias, Alegre, Gráfica Pajé, 1975); Poetas cachoeirenses (idem, 1975); Cantempo (idem, 1978); Manancial (crônicas, idem, 1979); Lições da vida e da alma (coroa de sonetos, Alegre, Editora Jornal Mensagem, 1980); Ofertório (1981); O profeta esquecido (1981); A vila do Rodeio (1981); O punho e a flor (1982); Cantigas de um homem simples (trovas, 1982); Alegre, história e lenda (cordel, 1983); Taça vazia (poesias, 1983); Da seara de Jó (1984); De corpo e alma (1985); Pau d’alho (romance, 1988); Cantos inúteis (poesia, 1988); Os compadres (contos, 1987); O capitão das matas (romance, Cachoeiro de Itapemirim, Gracal, 2000); Contos e recontos (Cachoeiro de Itapemirim, Gracal, 2000); Sombra de Ariel (Vitória, Secretaria de Estado da Cultura, 1998 - Prêmio Newton Braga), além de várias obras destinadas às crianças: O gigante egoísta, A rebelião de Zabelin, Um vizinho muito espinhoso,  O príncipe feliz, O rouxinol e a rosa, A poesia mirim, O pescador e sua alma, O príncipe e o pobre, Guerra dos mundos, O caminho de Emaús. Participou da Antologia de poetas cachoeirenses (1998). Pertence ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, à Academia Piauiense de Letras, correspondente, à Academia Cachoeirense de Letras, ao Instituto Campista de Literatura, à Associação Brasileira de Imprensa, à Associação Espírito‑santense de Imprensa, ao Ateneu Angrense de Letras e Artes, à Casa da Cultura de Alegre, à Ordem Brasileira de Poetas de Literatura de Cordel (Salvador, BA) e a outras entidades congêneres do país.

 

Luiz Serafim Derenzi

3º ocupante

Nasceu em Vitória, ES, em 20 de março de 1898. Fez o curso secundário no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo, RJ. Engenheiro civil pela antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Foi topógrafo e astrônomo da Comissão da Carta Geográfica do Estado do Rio de Janeiro (1919‑1921); diretor de viação e obras da Secretaria da Agricultura, Terras e Obras do Espírito Santo (1922‑1924); diretor municipal de Obras e Viação da Prefeitura Municipal de Vitória (1932‑1934); diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (1951‑1955); chefe da construção do Parque Nacional de Foz do Iguaçu (1939‑1944); construtor de vários trechos ferroviários no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (1944‑1962). Foi industrial em Vitória, onde exerceu, também, o magistério. Publicou, além de copiosa colaboração na imprensa de sua cidade, os seguintes livros: Impressões sobre arte (Vitória: Edições Renato Pacheco, 1954); Biografia de uma ilha (Rio de Janeiro, Editora Pongetti, 1965); História do Palácio Anchieta (obra premiada pela Secretaria de Educação e Cultura do Espírito Santo, 1971); Os italianos no Estado do Espírito Santo (Rio de Janeiro, Editora Artenova S.A., 1974); Caminhos percorridos (memórias inacabadas, Vitória, IHGES, 2002). Comendador da Ordem da Solidariedade da República Italiana, pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e à The National Geographic Society of U.S.A. Detentor de diploma e medalha de honra ao mérito conferidos pela Federação Nacional de Engenheiros. Faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de abril de 1977. Sua Biografia de uma ilha foi reeditada pela Prefeitura Municipal de Vitória em 1995. Em 2019 saiu uma nova edição impressa e eletrônica, esta publicada na página da Academia Espírito-santense de Letras (para acessar o livro, clique aqui).

 

Abner Mourão

2º ocupante

Nasceu em São José do Calçado, ES, em 20 de agosto de 1890. Advogado e jornalista militante, exerceu cargos de eleição popular em seu estado. O escritor Edgard Cavalheiro assim o descreveu: “Há trinta e três anos, entrava para a redação d’A Imprensa, de Alcindo Guanabara, um jovem cheio de entusiasmo e esperança. Tinha dezoito anos de idade e sua bagagem literária, embora reduzida, já juntava com alguns êxitos suficientes para que se fizessem os melhores prognósticos quanto ao seu futuro. Tanto o diploma em Ciências Jurídicas e Sociais, como os cargos públicos e políticos (foi senador federal aos trinta e nove anos de idade), que depois ocupou, jamais passaram de simples acidentes na carreira de Abner Mourão. A partir do momento em que, fazendo parte d’A Imprensa, deu início aos trabalhos profissionais do jornalismo, outra coisa não tem sido ele senão jornalista. De auxiliar de redação a diretor dos maiores órgãos da imprensa brasileira, a carreira de Abner Mourão é toda uma longa e acidentada trajetória em prol de um ideal que tem impedido que outras ocupações ou ofícios o afastem  integralmente, ou por muito tempo, das redações. Está claro que, fazendo do jornalismo condição essencial de sua própria existência, todas as suas atitudes ou realizações (mesmo as políticas), sempre estiveram em função do jornal. Assim, o primeiro livro que deu ao público ‑ Extraordinário país! - prende‑se bem de perto à campanha que resultou na eleição do Sr. Artur Bernardes para a presidência da República. Artigos e ensaios políticos e sociais, escritos, como é fácil de concluir, para a imprensa e que fizeram jus à perenidade do livro. Visitando a Itália, a convite oficial, que nos trouxe ele? Uma reportagem na Itália, série de impressões de viagem, publicadas antes no Correio Paulistano e posteriormente lançadas pela Noite Editora. Espírito nada livresco, Abner Mourão ainda não reuniu em volume tudo quanto tem escrito nestes trinta e três anos de incessante atividade intelectual. No entanto, tem borboleteado sobre diversos setores da literatura (poesia, crônica, contos, etc.) e sua produção daria, sem dúvida, alguns alentados volumes. Presidiu a Associação Espírito‑santense de Imprensa e foi sócio efetivo, depois correspondente, do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Publicou ainda: Impressões diferentes (crônicas, 1928); Cruzeiro do Sul (reportagens, 1935); O meu universo musical, impressões, entre outros. Faleceu em São Paulo, em 1968.

 

Cassiano Cardoso Castello

1º ocupante

Nasceu na Serra, ES, em 26 de março de 1882. Bacharelou‑se pela Faculdade de Direito da Bahia em 1906. Professor de Inglês no Colégio Spencer, em Salvador, quando ainda estudante. Concluído o curso jurídico, retornou ao Espírito Santo, onde exerceu os cargos de promotor público, procurador e prefeito municipal de Vitória, diretor da Segurança Pública e secretário do Interior. Deputado à Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Ingressou na magistratura vitalícia do estado em 1911, como juiz de direito, exercendo a judicatura em várias comarcas. Em agosto de 1926 foi promovido a desembargador. Publicou: Relatório (Prefeitura Municipal de Vitória); Estudos sobre as reformas da Constituição e leis de organização judiciária e administrativa do Estado (1922); Modelos para livros dos escrivães de justiça (1927); Relatório da Corregedoria. Faleceu em Vitória, em 24 de janeiro de 1933, aos 51 anos de idade.

 

Deocleciano Nunes de Oliveira

Patrono

Nasceu em Vitória, ES, em 18 de março de 1870. Figura de grande projeção no magistério espírito‑santense. Em 1906, a Lei 406 criava o Ginásio Espírito‑santense, mediante substitutivo apresentado por ele ao projeto do deputado monsenhor Eurípides Calmon Nogueira da Gama Pedrinha, sendo que, dois anos depois, inaugurou‑se o Arquivo Público do Estado, então superiormente organizado pelo ilustre educador. Faleceu, repentina­mente, em Vitória, quando diretor da Escola Normal, em 14 de março de 1919. Dele se conhece substancioso relatório da Inspetoria Geral do Ensino, além de artigos versando sobre matéria pedagógica estampados na imprensa de Vitória.

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