José Roberto Santos Neves
4º ocupante
Nasceu em Vitória, ES, em 1971. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com pós-graduação em Gestão em Assessoria de Comunicação pela FAESA. Trabalhou no jornal A Gazeta entre 1994 e 2013, como repórter, crítico musical e editor do Caderno Dois. É o criador da página Fanzine, que circulou entre 1995 e 2011 nesse mesmo diário, e do Caderno Pensar, espaço voltado para a reflexão cultural e difusão do conhecimento, que permanece em circulação. É autor dos livros Maysa (2004), a primeira biografia da cantora Maysa; A MPB de conversa em conversa (2007), reunindo bastidores de quarenta entrevistas com grandes nomes da música popular brasileira; e Rockrise – A história de uma geração que fez barulho no Espírito Santo (2012). Como baterista, gravou os CDs "Hidden Melody" (1994), da banda The Rain, e "Todo dia é dia de blues" (2003), da Big Bat Blues Band. Exerceu a função de subsecretário municipal de Cultura de Vila Velha e do Estado.
Marien Calixte
3º ocupante
Nascido no Méier, Rio de Janeiro, no dia 20 de outubro de 1935, tornou-se jornalista, radialista, escritor, poeta e pintor no auge de sua intelectualidade, consagrado cidadão honorário de Vitória pela Câmara Municipal e cidadão honorário do Espírito Santo pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, titulado Detentor da Comenda Jerônimo Monteiro, membro da Academia Espírito-santense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo – influenciado pelos escritos de grandes nomes da Literatura Francesa, como Baudelaire e Rimbaud e, com certeza, dos clássicos da Literatura Italiana, como Dante e Petrarca, é considerado um dos primeiros escritores que, fazendo a carreira literária em Vitória, possui livros editados no exterior, pioneiro no desenvolvimento do gênero de ficção-científica no Espírito Santo, abordando lugares paisagísticos e personagens reais também do estado, além de também ser considerado o precursor do haicai na literatura capixaba. Publicou: Alguma coisa no céu (três edições: Rio, 1985, São Paulo, GRD, 1995 e Itália, Matzneller, 1996); Livro de haikais (São Paulo, GRD, 1990); Não amarás (São Paulo, Massao Ohno, 1991); Lua imaginária (São Paulo, Massao Ohno, 1994); Atlântico: poemas bilíngues, italiano e português (Itália, Matzneller, 1996); Le vent de l’autre nuit - O vento de outra noite (poemas bilíngues: francês e português, Vitória, Aliança Francesa, 1996); Enquanto houver Natal (São Paulo, GRD, 1989); Estranhos contatos (antologia de ficção-científica, São Paulo, Caioá, 1998); Florentino Avidos: um homem à frente do seu tempo (biografia político-administrativa ilustrada, Vitória, 1998); Evocação da Ilha de Vitória (duas edições: 1995 e 1999); Der wind der anderen nacht - O vento de outra noite (correspondências poéticas, Itália, Matzeneller, editado em alemão, 1997); Anto (revista Semestral da Cultura, Portugal, Amarante cultura, 1999); participação em A Poesia do Espírito Santo no século XX (organizado por Assis Brasil, 1998); Il nobil animale das edle tier - O nobre animal da noite (editado em italiano e em alemão, Itália, 1996); 100 haicaístas brasileiros (São Paulo, Massao Ohno, 1990); Florentino Avidos (2000); O pescador de sons. Maurício de Oliveira (2001). Publicou também livros infantis. Faleceu em 25 de dezembro de 2013. Em 2014, seu nome foi aprovado pela Assembleia Legislativa estadual para denominar o Cais das Artes, em construção na Enseada do Suá.
Norbertino dos Santos Bahiense
2º ocupante
Nasceu em Vitória, ES, em 20 de abril de 1889. Historiador. Publicou: Os limites do Espírito Santo na voz da História (discurso de posse no IHGES, 1947); O Convento da Penha (Prêmio Cidade de Vitória, 1951); O Caboclo Bernardo e o naufrágio do Imperial Marinheiro (duas edições); Vitória ‑ Volta Redonda (conferência, 1954); Cavendish no Espírito Santo (1956); O Hino Nacional Brasileiro (discurso no 3º B. C., em nome do IHGES, 1960); Dr. Antônio Gomes Aguirre (discurso proferido no IHGES, quando do centenário do ilustre espírito‑santense, 1959); Afonso Cláudio (discurso proferido na inauguração de seu busto, na praça Costa Pereira, em 1959); Domingos Martins e a Revolução Pernambucana de 1817 (prefácio de Barbosa Lima Sobrinho, 2ed., Belo Horizonte, Editora Littera Maciel Ltda., 1974). Morreu em agosto de 1988.
Ernesto da Silva Guimarães
1º ocupante
Nasceu em Niterói, RJ, em 02 de março de 1897. Diplomou‑se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro em 1923. Iniciou‑se na vida pública, quando ainda estudante, como suboficial do Registro de Imóveis do 3º Distrito do Rio de Janeiro. Já bacharel, transferiu residência para o Espírito Santo, ingressando na magistratura vitalícia em 1924. Foi juiz de Direito nas comarcas de Anchieta, São José do Calçado, Colatina e Vitória, sendo promovido a desembargador em 1946. Exerceu a vice‑presidência e presidência do Tribunal de Justiça do Estado, nos anos de 1952 e 1953, sucessivamente, assim como a presidência do Tribunal Regional Eleitoral, aposentando‑se em 1957. Professor de Direito Civil da Faculdade de Direito do Espírito Santo. Conferencista, teatrólogo e poeta. Publicou: A Justiça e o escotismo (tese, 1930); O rádio como fator educacional (tese, 1930); A questão dos menores (direito, 1936); A glorificação da Hóstia (discursos, 1939); A moqueca da Belmira (comédia‑canção em 3 atos); A questão dos menores e o Estado Novo (1938); Uma jornada de glórias (discurso de paraninfo, 1937); A chuva de rosas (drama em 3 atos, 1938); O sino da Penha (drama, 1938); O voluntário do 3º B. C. (comédia em 3 atos, 1938); A imprensa e meu patrono (biografia, discurso de posse na AEL, 1939); A medalha milagrosa (comédia em 3 atos); Socialização dos menores abandonados ou delinquentes (1940); Meus versos e meu violão (poemas, 1943); Sangue de meu coração (poemas, 1944); Assistência aos menores (1944); Violetas de Zabulon (sonetos, 1946); e Um amor, uma lembrança e uma saudade (poemas, 1947). Deixou inéditos: A cabecinha de vento, tragicomédia em 3 atos, 1939; Eu quero ser Filha de Maria, tragicomédia em 3 atos; O mérito, comédia em 2 atos; Gabriel Perboyre, drama, 1941, além de outros trabalhos, em prosa e verso. Faleceu em Vitória, em 03 de setembro de 1960.
Christiano Vieira de Andrade
Patrono
Nasceu em Rio Branco, MG, em 31 de julho de 1886. Radicando‑se no Espírito Santo, ingressou no Ministério Público como promotor da comarca de Itapemirim, tendo exercido idêntica função nas de Cachoeiro de Itapemirim, Itabapoana e Vitória. Exerceu, também, cargos de eleição, como o de presidente do Conselho Municipal de Itabapoana e o de deputado estadual. Ingressando na magistratura, 1892, foi juiz de Direito em Iúna, Ibiraçu, Guarapari, Afonso Cláudio e Santa Leopoldina. Desembargador, desde 1926, exerceu a presidência do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, em 1931, aposentando‑se em 1932, quando retornou a atividades políticas, como deputado a Assembleia Legislativa do Estado, cuja presidência exerceu em 1936. Faleceu em Vitória, em 27 de maio de 1938. Homem de notório saber, escritor e jornalista, não quis, contudo, reunir, em volume, os muitos trabalhos que divulgou na imprensa espírito‑santense, por anos seguidos.
