Getúlio Neves

3º ocupante

Getúlio Marcos Pereira Neves nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de agosto de 1964. Fez seus estudos primário e secundário em Colatina, ES. Bacharelou-se em Direito pela UFES em 1989, depois de cursar três anos de Engenharia Metalúrgica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Foi servidor do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, exercendo várias funções, inclusive a de assessor jurídico da vice-presidência do órgão. Ingressou na magistratura de carreira do Espírito Santo em 1994, tendo judicado nas comarcas de Jerônimo Monteiro e na Capital, nos foros da Serra, Vila Velha e Vitória. Em 1997 transferiu-se para Lisboa, Portugal, onde cursou mestrado na Universidade de Lisboa, obtendo em 2002 o grau de mestre em Ciências Jurídico-Criminais. Lecionou na cadeira de Instituições de Direito Público na Faculdade de Ciências Econômicas de Colatina, ES e militou na Justiça Desportiva da Federação de Futebol do Espírito Santo como procurador de Justiça Desportiva, auditor de comissão disciplinar e auditor do Tribunal de Justiça Desportiva. Músico, integrou a Banda Urublues, de Vitória, ES, como guitarrista, tendo participado da gravação de dois CDs que contam com composições suas. Desde 1997 é sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, que preside desde 2008. Desde 2003 é juiz de direito titular da Vara da Auditoria de Justiça Militar do Espírito Santo e integra a diretoria da Associação dos Magistrados das Justiças Militares Estaduais. É sócio correspondente brasileiro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e dos Institutos Históricos e Geográficos de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Tomou posse na Academia Espírito-santense de Letras aos 19 de setembro de 2005 e integra, ainda, as Academias de Letras Humberto de Campos, de Vila Velha, de Letras e Artes da Serra e Mateense de Letras, de São Mateus. É membro do PEN Clube do Brasil. Tem publicados: Notícia do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (Vitória, IHGES, 2003); Espírito Santo: Estudos jurídicos (Vitória, s.n., 2005); Blues, sonetos e canções (Vitória, s.n., 2005); História militar e apontamentos para uma história militar do Espírito Santo (Vitória, s.n., 2005); Discursos acadêmicos: Cadeira 33. Sucessão de Renato José Costa Pacheco (discurso, Vitória, AEL, 2006); Estudos de cultura espírito-santense (Vitória, IHGES/AEL, 2006); Textos de história militar do Espírito Santo (compilação, Vitória, IHGES, 2008); O jurista Afonso Cláudio de Freitas Roza (discurso, Vitória, IHGES/AEL, 2009); Documentos da Academia (org., Vitória, AEL, 2009); Para que tantas tradições não passem quase obscuramente: Reflexões sobre o IHGES (Vitória, IHGES, 2014); Memória repartida (romance, Vitória, IHGES, 2014; Lisboa, Chiado, 2016); Presença indígena no Estado do Espírito Santo (org., Vitória, IHGES, 2016); Périplo a norte de tudo (poemas. Lisboa, Chiado, 2017); Manhosa escrita - Miguel Depes Tallon: vida e obra (org., Vitória, PMV/AEL, 2017); Breves notas quase-literárias (Vitória, IHGES, 2019). Na série Memórias da ilha de Vitória, do IHGES: “Fonte para a História do Convento da Penha e de seu Fundador, Frei Pedro Palácios”, in Memórias da ilha de Vitória, nº 2, Vitória, IHGES, 2002; “Documentos referentes à recriação da Ouvidoria do Espírito Santo em 1732” in Memórias da ilha de Vitória, nº 4, Vitória, IHGES, 2003; “Peroás e Caramurus” in Memórias da ilha de Vitória, nº 5, Vitória, IHGES, 2004. Tem artigos publicados em revistas especializadas nas áreas de Direito Constitucional e Eleitoral, Penal e Militar, Sociologia e Antropologia Jurídica e História do Espírito Santo. Mantém na internet um blog destinado a veicular seus escritos, no endereço www.gtneves.blogspot.com.

 

Renato Pacheco

2º ocupante

Renato José Costa Pacheco nasceu em Vitória, em 16 de dezembro de 1928. Formado em Direito, Filosofia e com Mestrado na Escola de Sociologia e Ciências Políticas de São Paulo.  Magistrado e professor universitário, foi uma das figuras mais atuantes nos meios culturais de seu Estado. Entrou para Academia Espírito-santense de Letras no dia 13 de maio de 1949, e para o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo  em  11 de abril de 1953. Publicou, além de inúmeros estudos na área da história, sociologia e folclore, os seguintes títulos: Poesia entressonhada, caderno de versos, 1948; Bilhete para Cervantes, poema, 1947; Pobres crianças do Brasil, em colaboração, 1947; Antologia do jogo do bicho, Rio, Organização Simões, 1957; Presentes de Natal para três pessoas simples, caderno de versos, 1968; A oferta e o altar, romance, 4ª edição, São Paulo, Ática, 1983; Fuga de Canaã, romance, Vitória, Fundação Ceciliano Abel de Almeida, 1981; Reino não conquistado, romance, Vitória, FCAA, 1984; Cantos de Fernão Ferreiro e outros poemas heterônimos, Vitória, FCAA, 1985; e Augusto Ruschi, o verdureiro que virou cientista, parceria com Sandra Medeiros, Vitória, FCAA, 1986; Vilão farto, romance, 1991, Estudos espírito-santenses. Vitória: PMV/IHGES, 1994. Em coautoria com Luiz Guilherme Santos Neves, Léa Brígida da Rocha de Alvarenga Rosa e Reinaldo Santos Neves: Espírito Santo. Minha terra e minha gente, 1986; Espírito Santo, impressões, 1991; Ecoporanga, 1992; Espírito Santo, Brasil, 1993; Índice do folclore capixaba, 1994; Norte do Espírito Santo: ciclo madeireiro e povoamento, 1996; Vila Velha da Senhora da Penha, 1997; Eu vi nascer o Brasil, romance, 1997, Comes e bebes do Espírito Santo, 1998. Publicou ainda O centauro enlouquecido e o pintor amante, 1998 e Pedra menina, 1999; Dentre seus livros destacam-se ainda Dias antigos, 1998; os Cantos de Fernão Ferreiro, 1985; Porto final, 1998, organizada por Reinaldo Santos Neves. Seus cinquenta anos de Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e 75 anos de vida foram comemorados, festivamente, na sede do Instituto, em dezembro de 2003, com o lançamento de O reino conquistado, estudos em homenagem a Renato Pacheco, org. de Fernando Achiamé e Reinaldo Santos Neves. Faleceu em Vitória, em 18 de março de 2004.

 

Fernando Abreu

1º ocupante

Nasceu em Abre Campo, MG, em 05 de dezembro de 1884. Fez o curso secundário no Colégio do Caraça, diplomando‑se em Farmácia, no Rio de Janeiro, após abandonado o curso de Medicina, na Bahia. Transferindo residência para Cachoeiro de Itapemirim, ES, ali exerceu, de início, a profissão de farmacêutico, passando, depois, a professor do Liceu Muniz Freire, tendo sido deputado estadual por mais de uma legislatura. Ocupou o cargo de prefeito municipal de Cachoeiro de Itapemirim, por vezes repetidas, “seja como interventor ou prefeito nomeado, seja como eleito”. Publicou: Um livro como os mais, Rio de Janeiro, Instituto de Artes Gráficas, 1918; Babel psicológica, 1937; Farrapos, Rio, F. Briguet, 1929; e Espumas..., discursos políticos e acadêmicos, Cachoeiro de Itapemirim, Frangraf, 1982, edição póstuma. Faleceu em Cachoeiro de Itapemirim, em 08 de setembro de 1948.

 

José Horácio Costa

Patrono

Nasceu em Recife, PE, em 16 de dezembro de 1859. Desde cedo, aderiu ao movimento abolicionista, atitude não aprovada pela família, tendo transferido residência para o Espírito Santo, em 1887. Neste Estado, ingressou, de início, na magistratura, como juiz municipal em Guarapari, e, logo depois, em Benevente, onde fundou o jornal A Tribuna, filiando‑se, a esta altura, ao Clube Republicano Espírito‑santense. Sobrevindo a Abolição e, em seguida, a República, passou a residir em Vitória, a convite de Afonso Cláudio, então presidente do Estado, ocupando, nesta cidade, o cargo de chefe de polícia. Militou no jornalismo, escrevendo artigos doutrinários, polêmicos, em O Estado do Espírito Santo, neles evidenciando a sinceridade, o arrojo de suas convicções democráticas. Exerceu a presidência do Estado, por alguns dias, em substituição ao nomeado, elegendo‑se deputado federal em 1892. Findo o mandato, e porque já descrente da política partidária, que abandonou para sempre, tenta o comércio, sem lograr êxito, passando, assim, a dedicar‑se, exclusivamente, à sua profissão de advogado. “Seu escritório se torna um centro jurídico, onde os advogados novos iam bater, sem receio; e na certeza de receberem seus sábios ensinamentos; sua casa se tornando um sexto ano de faculdade de direito”. Dele disse o escritor e jurista Carlos Xavier Paes Barreto: “José Horácio Costa, a meu ver, foi um dos vultos menos compreendidos no meio social em que viveu. Inteligência superior e superiormente culta, caráter adamantino, capacidade invulgar de trabalho, talento polimorfo; possuía elementos vários para fluir glórias e vantagens e atingir as culminâncias. Viveu, entretanto, sempre ao desfavor da fortuna. O caminho que percorreu não foi matizado de flores, mas cheio de urzes... Cedo penetrou na arena política. As suas qualidades fizeram‑no subir, embora temporariamente, até o palácio presidencial. Para outro, seria o cargo apenas um degrau da escada. Os outros poderiam ser galgados facilmente, com o auxílio do talento, da erudição, da facilidade verbal, da memória pronta e da eloquência de José Horácio. Acresce que trazia as esporas de ouro de cavaleiro, obtidas nas lutas da cruzada abolicionista e na campanha republicana. Contudo Zeaci, como lhe chamávamos, os mais íntimos, caiu e não mais alçou voo. O sobrinho afim de Domingos Martins tinha um forte peso nas asas que lhe impossibilitava a ascensão: o seu caráter indomável. Fiel ao partido, não colaborava incondicionalmente. Queria pensar e dizer o que sentia, sem amoldar‑se às conveniências, nem receber insinuações. As palavras lhe vinham da alma, muitas vezes diretamente aos lábios, sem passarem pelo laboratório do cérebro. Suave, delicado tratando‑se de humildes, a sua altivez tocava as raias da arrogância perante os potentados. Faltava‑lhe (na advocacia) um predicado essencial: o espírito de mercancia, porquanto o advogado é também homem de negócios”. No jornal, no foro, na tribuna popular, no júri, José Horácio viveu sempre uma linha de grandeza. Não deixou, porém, trabalho sistematizado. Mas, quem abrir os anais da Assembleia, percorrer as coleções de jornais, consultar empoeirados arquivos judiciários, encontrará dele larga messe de escritos que darão volumes. Faleceu no Rio de Janeiro, em 06 de junho de 1922.

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