Osvaldo Ovídio dos Santos

3º ocupante

Nasceu em Bela Vista de Goiás, GO, em 20 de maio de 1943. Formou-se bacharel em Administração de Empresas e, posteriormente, em Direito. Lecionou Português e Literatura nas décadas de 80 e 90 e aposentou-se como bancário.  Em 1962, ainda adolescente, lançou seu primeiro livro, Ciranda, doce Ciranda, vencedor do concurso literário de Anápolis-GO. Em 1998, publicou o romance O diário de Marta, no ano seguinte, 1999, o livro de contos Do amor e da solidão, vencedor do primeiro concurso Nacional de Literatura Plurarts - BH, o qual, ainda, recebeu premiação e menção em quatros concursos nacionais (MG, DF, GO e BA). Escreveu ainda, dois contos inéditos, “Novena” e “Os habitantes de Noia”, os quais obtiveram diversas menções honrosas em concursos nacionais. Seus últimos trabalhos são Urbe andrófaga (contos)¸ vencedor do XIII Concurso de Contos da Festa de Artes (92 em GO) e o romance O contrato, concluído em janeiro de 2001, ambos inéditos. Osvaldo ainda possui uma obra que reúne poesias e títulos provisórios dos últimos 40 anos e que está sendo, propositalmente, preservado dos concursos literários.

 

Waldemar Mendes de Andrade

2º ocupante

Nasceu em Natividade de Carangola, RJ, em 22 de abril de 1912. Advogado. Foi contador e professor de História Geral e do Brasil no Colégio Muniz Freire, em Cachoeiro de Itapemirim. Deputado estadual em 1947. Presidente da Assembleia Legislativa e governador do estado na segunda quinzena de dezembro de 1947. Secretário da justiça em 1979. Professor de Direito Processual Civil na Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim. Desembargador, aposentou‑se em 1982. Na sua vida intelectual, destacam‑se trabalhos e leis publicados em folhetos da Assembleia Legislativa, tendo estampado, por anos seguidos, crônicas e comentários em colunas periódicas do Correio do Sul, em Cachoeiro de Itapemirim, cidade onde viveu parte considerável de sua vida. Em 1985, foi agraciado, em sessão solene do Egrégio Tribunal de Justiça, com o Colar do Mérito Judiciário “por seus relevantes serviços à Justiça do Estado”. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográ­fico do Espírito Santo e à Academia Cachoeirense de Letras. Faleceu em janeiro de 2003. Em 2007, a Academia Espírito-santense de Letras e a Prefeitura Municipal de Vitória publicaram uma antologia de crônicas suas, de 1955 a 1976, intitulada Um pouco de tudo.

 

Alarico de Freitas

1º ocupante

Nasceu em Vitória, ES, em 18 de janeiro de 1885. Fez o curso secundário no Colégio Pedro II, bacharelando‑se, em 1907, pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. De retorno a seu estado, foi promotor de justiça na comarca de Santa Leopoldina, de 1908 a 1911, abandonando, logo em seguida, o Ministério Público, que não o seduzia. Advogou, então, primeiro, no Rio e, depois, por muito tempo, em Vitória. Apaixonado pelo magistério, foi com o desembargador Carlos Xavier Paes Barreto um dos fun­dadores da Faculdade de Direito do Espírito Santo, tendo antes, isto é, em 1921, fundado, com outros companheiros, a Academia Espírito‑santense de Letras, de que foi o primeiro vice‑pre­sidente. Político militante e notável tribuno, ocupou, por 10 anos consecutivos, a presidência do Congresso Estadual, que era como se conhecia a atual Assembleia Legislativa, só a abandonando em decorrência da Revolução de 1930. Em 1934, transferiu residência para o Rio de Janeiro, ali lecionando na Faculdade de Direito, na cadeira de Introdução à Ciência do Direito. Ajudou a fundar a Universidade do Estado da Guanabara, a Faculdade do Instituto Lafayette, da qual foi catedrático de Psicologia, passando, depois, a ensinar Problemas Brasileiros, “quando tal assunto não era objeto de estudos”. Lecionou, também, no Colégio Pedro II, na mesma cidade. Foi curador de menores no antigo Distrito Federal e, ainda, advogado do Banco do Brasil. Publicou: Introdução à ciência do Direito (Vitória, Imprensa Oficial, 1931), Elementos de Filosofia (s/data), Síntese histórico‑jurídica do direito brasileiro (tese, 1933), Atuais diretrizes da Constituição Brasileira (tese apresentada, em 1933, ao Congresso de Juristas, reunido, no Rio de Janeiro, para formular um anteprojeto do que seria a lei magna de 1934). O acadêmico Eurípedes Queiroz do Valle relacionou, em monografia sobre a Academia Espírito‑santense de Letras, estes outros trabalhos de Alarico de Freitas: A realização do ativo nas falências (1921), O monopólio do leite e o interdito proibitório (1932) e Os arrazoados dos advogados como fonte de Direito, sabendo‑se, por meio de outros registros, ter ele também publicado: Contra a corrente, De crítica jurídica, A norma jurídica e o Direito Latente, uma teoria de interpretação das leis e Exaltação do Estado Moderno. Faleceu no Rio de Janeiro, em 4 de novembro de 1975, aos 90 anos.

 

João Clímaco de Alvarenga Rangel

Patrono

Nasceu em Vitória, ES, em 30 de março de 1799. Sacerdote. Foi professor de Filosofia em sua cidade, onde poetou, quando moço, tendo Afonso Cláudio assinalado que “seus cantos pa­trióticos, seus hinos à amizade e às crianças, seus trenos aos desalentados da vida, impreterivelmente, são subjetivistas; são antes transportes dos estados do espírito, sínteses psicológicas, do que transmissão de impressões recebidas do contato externo. Falta‑lhes a nota popular, a expressão de viver das massas anônimas, suas aspirações e tendências; falta‑lhes, ainda, o sainete lirista inerente ao ambiente brasileiro, o vigor do colorido nativista; daí o esquecimento em que caiu o poeta para os seus conterrâneos, cuja única consagração póstuma consistiu em lhe darem o nome a uma das praças de sua cidade capital, onde o poeta teve a residência e o berço”. João Clímaco, também advogado, quando ainda estudante do curso jurídico, elegeu‑se deputado geral em 1833. Orador sacro de projeção mesmo fora de sua província, orou na Capela Imperial, na Corte, onde o padrão de pregadores se afinava por Monte Alverne. Defendeu, em Vitória, os escravos presos em decorrência da Insurreição do Queimado, episódio que ficou gravado, para sempre, nas páginas da história do Espírito Santo, abandonando, em seguida, a vida parlamentar, em que se notabilizara. Faleceu em Vitória, em 23 de julho de 1866. Afonso Cláudio estudou sua vida e obra em Biografia do Dr. João Clímaco (Rio, Tipografia do Instituto Profissional, 1902).

Voltar

Índice de patronos e acadêmicos