Romulo Felippe é conterrâneo de Rubem Braga, nascido no dia 27 de abril de 1974 em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo. A proximidade de sua residência com a Casa dos Braga, na 25 de Março, fez do cachoeirense um habitual frequentador da notável biblioteca local. A leitura constante o levou à escrita: antes dos 10 anos já publicava poemas e crônicas em semanais como Correio do Sul, Arauto, O Brado e outros. Com 11 anos, ao trocar a tão sonhada bicicleta por uma Olivetti portátil, datilografia seus primeiros “livretos”. Antevia, ali, que a literatura e o jornalismo estavam enraizados em sua vida. Tanto que, aos 13, já trabalhava meio expediente como repórter do extinto O Brado, do professor José Paineiras. Passou por escolas públicas tradicionais como “Bernardino Monteiro”, “Fraternidade e Luz” e “Liceu Muniz Freire”, iniciando outra de sua paixão – a História – na Faculdade Estadual de Minas Gerais, em Carangola.

De lá para cá foram três décadas e meia dedicadas ao jornalismo impresso e televisivo. Foi repórter e editor de uma série de jornais e revistas, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, produzindo ao longo dos anos reportagens especiais por mais de uma dúzia de países. Estreou oficialmente na literatura com a fantasia medieval Monge guerreiro, lançada inicialmente pela editora Drakkar. Aclamado pela crítica especializado, foi eleito o “Livro do Ano” de 2017 pelo Grupo “Reino dos Livros” – em votação direta para mais de 50 mil leitores de fantasia. O sucesso da obra fez com que fosse relançada pela editora paulista Cavaleiro Negro, em edição de luxo, ganhando ainda edições em inglês e italiano (lançado na Europa pela gigante Newton Compton Editore).

Romulo também publicou, em 2019, o juvenil Reino dos Morcegos (editora Cavaleiro Negro, também em capa dura). Poucos meses depois surgia o lançamento do romance O farol e a tempestade (editora Novo Conceito), em tradução para o inglês. O jornalista e escritor é também autor do drama da Segunda Guerra Pássaros negros na neve, da fantasia medieval Drakono Zmogus – O fogo eterno do dragão, da jornada espiritual Quando entrevistei Jesus e do infantil Mundos incríveis além do daqui. Foi o único autor estrangeiro a figurar na coletânea portuguesa Entre monstros e dragões. Atualmente é diretor de redação das revistas Caminhões e Viver!.

O cachoeirense foi eleito para a cadeira 9 da Academia Espírito-santense de Letras, sucedendo o saudoso e querido poeta Sérgio Blank. Exerceu a função de curador do “Encontro Nacional de Literatura Fantástica” na Bienal Rubem Braga, em sua terra natal, e palestrou como autor convidado na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, na mesa “Publiquei. E agora?”, entre outros eventos. Adora palestrar nas escolas, na luta por colaborar na formação de uma nova geração de leitores e escritores.

Radicado na ilha de Vitória, e com fugas semanais para seu recanto em Anchieta, Romulo Felippe coleciona espadas medievais, livros antigos, réplicas de faróis marítimos e artefatos da Segunda Guerra Mundial, além de ser amante das remadas de stand up paddle. É casado com a colatinense Svetlana Bertolo Felippe e abençoado com os filhos Gianluca, Giuseppe e Felippe (e os enteados Henrique e Ana Paula). A literatura é parte indissociável de sua vida.

Para saber mais sobre o autor acesse o portal do autor.

 

Sérgio Blank

4º ocupante

Sérgio Luiz Blank nasceu em Cariacica, ES, em 7 de abril de 1964. Obras publicadas: Poesia: Estilo de ser assim, tampouco (Fundação Ceciliano Abel de Almeida/Ufes, 1984); Pus (Fundação Ceciliano Abel de Almeida/Editora Anima, 1987); Um (Cultural-ES, 1989); A tabela periódica (Secretaria de Produção e Difusão Cultural/Ufes,1993); Vírgula (1996). Publicou sua obra completa sob o título Os dias ímpares (Vitória: Cousa, 2017). Em 2019 publicou Blue sutil (prosa poética, Vitória, Edição do Autor). Literatura para crianças: Safira (Vitória, Departamento Estadual de Cultura, 1991; Vitória, Cousa, 2015). Faleceu em 22 de julho de 2020.

 

Américo Barbosa de Menezes Júnior

3º ocupante

Nasceu em Itaguaçu, em 17 de fevereiro de 1917. Foi professor catedrático da Língua Portuguesa, tendo exercido o magistério por vários anos. Foi, ainda, diretor de dois grandes colégios em Vitória, no Espírito Santo: a Escola Pedro II, tradicional estabelecimento de ensino oficial, e a Academia de Comércio, da qual era um dos proprietários. E, como advogado militante, por concurso, tornou-se procurador federal, cargo que ocupou durante trinta anos. Foi conselheiro da OAB-ES e membro efetivo do Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo. Desempenhou a função de chefe de gabinete no Ministério do Trabalho, em Brasília e foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.  Teve uma coluna em A Gazeta intitulada “Do interior para a cidade”. Publicou: Peixes: criação simples e rentável (São Paulo, Nobel, 1986, com duas edições); Brasil: subeducação & subdesenvolvimento (1991, lançado, nacionalmente, pela Edicon, São Paulo, em 2ª ed., em 1994); Pais permissivos, filhos problema (Rio de Janeiro: Artes & Contos, 1995); Aquicultura na prática (Vila Velha: Hoper, 2005). Faleceu em 06 de janeiro de 2019.

 

José Vieira Coelho

2º ocupante

Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, ES, em 21 de agosto de 1912. Bacharelou‑se pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. Desembargador. Foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral. No magistério, lecionou no Colégio Americano e na Escola Normal Pedro II, em Vitória, e no Colégio Estadual João Bley, em Castelo. Professor emérito, ocupou ainda a cátedra de Finanças Públicas da Faculdade de Ciências Econômicas e, depois, a de Processo Civil da Faculdade de Direito do Espírito Santo, hoje, Centro de Ciências Jurídicas e Sociais da UFES. O Egrégio Tribunal de Justiça do Espírito Santo agraciou‑o com o Colar do Mérito Judiciário. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Publicou artigos e estudos estampados na imprensa de Vitória, versando, de preferência, assuntos de linguagem, destacando‑se Pílulas filológicas, 1949; E a história se repete, Vitória, AEL 1972 ; Funções do artigo, Vitória; Tipografia da Escola Técnica de Vitória, 1949, tese de concurso para lente catedrático de Língua Portuguesa; Limites ao arbítrio judicial na fixação da pena, 1972; Fatores da delinquência juvenil, 1954. Morreu em Vitória, em 26/01/1991.

 

Aurino Quintais

1º ocupante

Nasceu em Vitória, ES, em 06 de setembro de 1894. Advogado, educador e jornalista. Redatoriou o Diário da Manhã e a revista Vida Capichaba, ambos editados em sua cidade. Professor catedrático, de Português, por concurso, da Escola Normal Pedro II, de que foi diretor. Assistente jurídico da Secretaria da Fazenda do Estado, membro do Conselho Superior de Ensino, do Conselho Penitenciário e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Ocupou, por muitos anos, o cargo de Consultor Jurídico da Estrada de Ferro Vitória a Minas, depois Companhia Vale do Rio Doce. Publicou: Do objeto direto, tese, 1922; Os menestréis, 1924; Uma excursão ao rio Doce, 1922; Direito de posse, 1939; Reforma tributária, 1941; Nunciação de obra nova; Ato ilícito, além de inúmeros trabalhos de ficção estampados na imprensa. Faleceu em Vitória, em 4 de junho de 1953.

 

Aristides Braziliano de Barcellos Freire

Patrono

Nasceu em Vitória ES, em 18 de dezembro de 1850. Educador, jornalista e teatrólogo. Como educador, teve cátedra de Português e Literatura no Colégio de Nossa Senhora da Penha e no Ateneu Provincial, ambos em sua cidade. Como jornalista, colaborou com frequência no O Espírito‑santense até 1883, quando fundou A Folha de Vitória, redigindo‑a ainda em 1890, sendo que, em 1891, fundou o diário Comércio do Espírito Santo, do qual foi redator responsável até 1895. Interessando‑se pelo teatro, compôs e encenou, de 1876 a 1904, as seguintes peças: Surpresas de um tio, comédia em 1 ato, 1876; A caridade, Egoísmo social e Sempre a caridade, dramas e monólogos dramáticos, 1877; A ferida invisível, drama, 1878; Amor de perdição, drama, 1880; O réprobo, drama fantástico, 1883; Condessa de Randal, drama, 1884; A penitente, drama em 3 atos, 1885; A força do destino, drama fantástico, 1890; República da roça, comédia em 1 ato, 1890; O enjeitado, drama, 1903; e O dominó preto, drama, 1904. Da significação e importância de Aristides Freire como teatrólogo, diz Afonso Cláudio: “Para um escritor desgarrado em um dos menores e dos mais pobres Estados da República; para um literato cujos trabalhos não têm a divulgação que proporcionam as plateias e palcos dos teatros das grandes capitais, porque não pode imprimi‑los, nem encontra editores que os façam circular por entre o grande público, mediante qualquer ajuste razoável; para um produtor intelectual desajustado de incitamentos e louvores, de estímulos e compensações, um repertório de 14 peças originais, representadas todas com aplausos, quer na província quer na Capital Federal, deve ao menos valer como exemplo de fecundidade espiritual não vulgar entre nós e por isso mesmo digno de destaque”. E mais: “Antes dele o drama e a alta comédia eram conhecidos na província, quando alguma companhia das que jornadeiam em dadas estações pelo Brasil, ali iam ter; com ele é que surgem as primeiras composições no gênero; com ele e por ele são interpretadas e depois dele é que aparecem trabalhos cênicos de algum relevo, como os dramas de Cândido Costa e Afonso Magalhães, as comédias de Amâncio Pereira e a revista Ontem e hoje de Ubaldo Rodrigues. Cabe‑lhe, pois, indisputavelmente, a iniciativa de haver inaugurado o teatro no Espírito Santo, como o primeiro escritor intérprete deste gênero literário”. Aristides Freire faleceu em Vitória, onde sempre viveu, em 25 de julho de 1922. Outro tema bastante caro a Aristides Freire é o da influência dos estrangeiros no Brasil. Falou sobre ela em Egoísmo social, em Associação na família e em Amor de perdição. As pregações a favor da virgindade e contra as mulheres “perdidas” e os prazeres constituem assuntos de sua preferência que foram abordados em Amor de perdição, em Júlio ou o enjeitado (em que Madalena é seduzida pelo conde), em A ferida invisível, em Egoísmo social e A caridade.

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