Adilson Vilaça de Freitas

5º ocupante

Nasceu em Conselheiro Pena (atualmente, Cuparaque), no Vale do Rio Doce, MG, em 1º de agosto de 1956. Ainda aos dois anos de idade, sua família mudou-se para Ecoporanga, Noroeste capixaba, região do Contestado entre Espírito Santo e Minas Gerais, onde viveu de 1957 a 1969. Radicado em Vitória desde 1977, formou-se em Jornalismo, cursou especialização em História Política e Mestrado em Letras/Literaturana Universidade Federal do Espírito Santo. Autor de 46 livros. É professor universitário, criador do projeto “Escritos de Vitória” e das coleções “José Costa” e “Roberto Almada”, publicações atualmente operacionalizadas por convênio entre a Academia Espírito-santense de Letras e a Prefeitura de Vitória. Editor inaugural da Edufes – Editora da Universidade Federal do Espírito Santo. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e da Comissão Espírito-santense de Folclore. Vencedor de três importantes concursos literários, entre eles o Prêmio “Geraldo Costa Alves” – no primeiro ano de sua edição, em 1983 –, cuja premiação concedida pela Fundação Ceciliano Abel de Almeida contemplou a publicação do livro de contos A possível fuga de Ana dos Arcos, o primeiro título do autor. Posteriormente, a obra foi adotada no vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo, por três anos, a partir de 1992. Quase uma década depois, outro livro de contos de sua autoria, Identidade para os gatos pardos, seria igualmente adotado pela UFES nos vestibulares de 1910, 1911 e 1912. Em 2000, Adilson Vilaça recebeu do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo o Prêmio “Almeida Cousin”, pelo conjunto da obra. Já em 2002, recebeu Premiação Nacional no Projeto “Circuito Cultural Banco do Brasil”, junto com o cantor e letrista Gabriel Pensador. Em 2015, por sua produção literária, foi contemplado também pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo com a Comenda “Rubem Braga”. Em 2017 recebeu a Comenda “Renato Pacheco”, concedida pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Em 2014, sua produção literária foi incluída no título Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica, publicação em quatro volumes da Universidade Federal de Minas Gerais, organizada pelo Prof. Dr. Eduardo de Assis Duarte, que reúne os 100 principais autores nacionais que se dedicaram ao tema – seus textos, honrosamente, figuram na companhia de ícones da literatura nacional como Machado de Assis, Cruz e Souza, Lima Barreto e João do Rio, entre outros. Sua pesquisa e sua obra contribuíram para constituir bibliografia e linha de estudos do Território Contestado entre o Espírito Santo e Minas Gerais: a partir de seus estudos já foram produzidos vários livros sobre o tema, como também monografias acadêmicas, dissertações de Mestrado e teses de Doutorado, além de documentários e filmes ficcionais. De sua autoria sobre esta questão destacam-se o romance Cotaxé, agora publicado pela Chiado Editora (Chiado Editora, Lisboa/Portugal, 2015), já na quinta edição, o ensaio Cotaxé – a reinvenção de Canudos (IHGES, 2007) e os romances Carminda (2017) e Cartas fantasmas (2018), estes dois publicados também pela Chiado Editora. Em 2019, o Instituto Modus Vivendi lança de sua autoria Espírito Santo – muito encanto em cada canto, livro de ensaios ilustrado com fotografias sobre as principais manifestações do folclore e da cultura popular capixaba.  

 

Ivan Anacleto Lorenzoni Borgo

4º ocupante

Nasceu em Castelo, ES, em 21 de fevereiro de 1929, morou em Domingos Martins e radicou-se em Vitória a partir de 1940. É bacharel em Direito com Especialização em Economia pelo Conselho Nacional de Economia. Foi fiscal da previdência do IAPI, diretor regional do SENAI do Espírito Santo e professor titular da Universidade Federal do Espírito Santo. Foi chefe do Departamento de Ciências Sociais, membro da Comissão de Treinamento de Pessoal de Magistério e da Comissão de Criação do Curso de Serviço Social da UFES, do Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo e do Conselho Editorial da Fundação Ceciliano Abel de Almeida. Foi ainda membro da Comissão de Estudos de mão de obra para os projetos industriais do Espírito Santo, nos anos 70. Recebeu a comenda do Mérito Industrial da Federação das Indústrias do Espírito Santo, o título de Cidadão Vitoriense da Câmara Municipal de Vitória e recebeu da Presidência da República da Itália a comenda de Cavaleiro da “Ordem da Solidariedade”. Recebeu em 1957 prêmio da Petrobras pela monografia O monopólio estatal do petróleo. Pertence ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e à Academia Espírito-santense de Letras. Publicou contos no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil (SDJB), no jornal de cultura Paratodos e na revista A Cigarra. Em 1987, publicou História do pensamento econômico (Aspectos metodológicos). Foi colaborador permanente da revista de cultura Você, da UFES, e colaborador e editor contribuinte da revista Espírito Santo Sociedade Aberta (ESSA). Publicou Crônicas de Roberto Mazzini (UFES) em 1995. Em 1997, publicou peloIHGES os livros: Chão de Araguaia (poesia) e Recordações do futebol de Vitória (memórias). Novas crônicas de Roberto Mazzini saiu naColeção Gráfica Espírito Santo de Crônicas, em 2003. Navegantes (contos)foi publicado em 2011. Em2013, publicou uma compilação de crônicas pelo Projeto Nosso Livro, patrocinado pelasSecretarias de Educação e de Cultura do Espírito Santoepelo jornal A Gazeta.  Colaborou em alguns números da série Escritos de Vitória. Participou da coletânea de autores capixabas A parte que nos toca e dolivro Norte do Espírito Santo: ciclo madeireiro e povoamento (1996).Até sua morte, o escritor assinou uma coluna no site Tertúlia :: Livros e Autores do Espírito Santo, intitulada Escritos da tarde, onde publicou vários textos inéditos e republicou textos que já haviam saído em livro. A maioria de seus textos foi publicada sob o pseudônimo de Roberto Mazzini. Em 6 de agosto falece Ivan Anacleto Lorenzoni Borgo, assistido por sua família, sendo sepultado no dia seguinte no Cemitério Jardim da Paz em Laranjeiras, Serra, ES. Em 2019 a Academia Espírito-santense de Letras publicou Roberto Mazzini e outros navegantes, da Coleção Roberto Almada, com organização, seleção, notícia biográfica e estudo crítico do acadêmico Pedro J. Nunes. O livro se encontra publicado na página da Academia Espírito-santense de Letras. Para acessá-lo, clique aqui.

 

Elviro Athayde de Freitas

3º ocupante

Nasceu em Vitória, ES, em 21 de março de 1914. Médico, também jornalista e professor. Vice‑presidente da Associação Médica do Espírito Santo e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geo­gráfico do Espírito Santo. Residiu em Cachoeiro de Itapemirim, ES, desde 1941, onde pronunciava palestras e conferências sobre temas científicos, literários e rotarianos, ali colaborando no jornal Correio do Sul e em outros periódicos locais. Publicou: Rotary, em prosa e verso e Cinza quente (poemas, Cachoeiro de Itapemirim, Frangraf, 1983). Faleceu em 1996.

 

Augusto Emílio Estellita Lins

2º ocupante

Nasceu em Recife, PE, em 13 de maio de 1892. Bacharel pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, diplomando‑se em 1915, sendo que, no ano seguinte, transferiu residência para o Espírito Santo. Ex‑prefeito municipal de Cachoeiro de Itapemirim, de 1922 a 1924. Deputado estadual, em duas legislaturas, de 1929 a 1930 e de 1935 a 1937. Alto funcionário do Banco do Brasil, em Vitória, onde passou a residir, em 1934. Procurador da Mitra Diocesana do Espírito Santo, também advogado do Banco de Vitória, com sede na mesma cidade, “e de várias e importantes sociedades, instituições de assistência, educação e firmas comerciais da mesma capital”. Em 1937, com o desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, Archimimo Martins de Mattos e Ciro Vieira da Cunha, fundou e organizou a Academia Espírito‑santense de Letras, de que foi presidente. Idealizou, organizou e dirigiu, em Vitória, o Concurso Científico e Literário de Autores Espírito‑santenses, realizado em 1938, e a Primeira Quinzena de Arte Capixaba, em 1947, “reconhecendo e homenageando em ambos os certames a pujança intelectual do Espírito Santo”. Em 1957 a Santa Sé o agraciou com a veneranda Ordem Equestre de São Gregário Magno, no grau de comendador. Publicou, além de outros trabalhos, os seguintes livros: A paixão coletiva (estudo jurídico em torno do crime de multidão, 1923); O louvor da datilógrafa (discurso, 1921); A nova constituição dos Estados Unidos do Brasil (1938); Lenda da Independência (poemeto, 1912); Zorobabel (sonetos, em duas edições, 1921/1957); Pranto e canto de amor filial (sonetos, 1955); O juiz e o esteta (discurso, 1955); Uma página literária da história espírito‑santense de nossos dias (conferência, 1943); Mensagem à mulher brasileira em torno das sugestões do Hino Nacional (1956); Ordem Equestre de São Gregório Magno (discurso, 1957); Olavo Bilac e o 3º B.C. (conferência, 1958); Variações estéticas de Canaã (versos); Graça Aranha e o Canaã do Espírito Santo (Rio de Janeiro, Livraria São José, 1968). Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e à Academia Maranhense de Letras (correspondente). Faleceu em Vitória, em 30 de dezembro de 1982.

 

Antônio Ferreira Coelho

1º ocupante

Nasceu em Recife, PE, em 21 de setembro de 1860. Matriculou-se na Academia de Direito do Recife, a 15 de março de 1880, diplomando-se em 1884, aos 23 anos de idade. Colaborou na Folha do Norte, e em outros jornais e revistas da capital pernambucana. Quando cursava os primeiros anos de faculdade, em 1881, foi oficial de gabinete do governador da Província do Rio Grande do Norte, Dr. Arthur Correa de Araújo, iniciando, então, sua vida pública, com apenas 20 anos de idade. Exerceu a promotoria pública na comarca de Macau, de 1884 a 1885. Foi juiz municipal e de órfãos da comarca de Tubarão, em Santa Catarina, no quadriênio 1885 a 1889, e juiz de direito da comarca de Maragogy, em Alagoas, de 1889 a 1891. Removido para a comarca de Benevente, ES, ali permaneceu de 1891 a 1892, quando passou a judicar na comarca de Viana, ES. No mesmo ano foi removido para a comarca de Barra de São Mateus, onde se demorou até 1895, daí sendo transferido para Vitória. Pela Resolução nº 46, da própria Corte de Justiça, segundo a constituição de Moniz Freire, foi nomeado, em 1896, ministro da mesma Corte, da qual foi delegado no Congresso Jurídico Americano convocado pelo Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil para comemorar o 4º centenário do Descobrimento do Brasil. O governo do Estado do Espírito Santo, em 1906, designou-o para codificar todas as leis do Processo Civil, Criminal e Orfanológico. Em 1908, tomou parte no Congresso Jurídico Brasileiro, reunido no Rio de Janeiro, dando contribuição ao Congresso Internacional de Americanistas, reunido em Buenos Aires, em 1910. Foi eleito quatro vezes presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, nos anos de 1907, 1920, 1923 e 1925, quando se aposentou. Deixou inéditos os seguintes livros: Viagem à volta ao mundo; Dicionário de Direito Civil; Brasil pitoresco; Estudos astronômicos; O cometa de Halley; História do convento de Nossa Senhora da Penha; Céu do Brasil; Princípios de Direito Internacional; Prontuário do Código Civil, além de dramas e comédias que foram representadas. Morreu no Rio, em 14 de junho de 1933.

 

José Marcelino Pereira de Vasconcellos

Patrono

Nasceu em Vitória, ES, em 1º de outubro de 1821. Ainda antes da maioridade, ocupou o cargo de procurador da Câmara Municipal de sua cidade, passando, em seguida, a trabalhar na Assembleia Provincial. Foi, por eleição popular, juiz de paz, vereador e deputado provincial, cargo em que se reelegeu. Em 1853, mudou-se para o Rio de Janeiro, ali exercendo a profissão de guarda‑livros, mas, anos depois, retornou a Vitória, onde passou a advogar, aposentando‑se no cargo de diretor da Instrução Pública, tendo, anteriormente, exercido outras funções de relevo. Publicou: Consultor jurídico, ou manual de apontamentos, em forma de dicionário, sobre vários pontos de Direito; Formulário dos trabalhos das juntas de qualificação dos votantes, conselhos de recursos e assembleias provinciais com o sumário de todas as decisões que se têm dado, relativamente a este assunto; Regimento dos inspetores de quarteirão ou coleção dos atos, atribuições que compete a esta classe de funcionários; Roteiro dos delegados e subdelegados de polícia, ou coleção dos atos, atribuições e deveres destas autoridades, fundamentada na legislação competente e na prática estabelecida. Composto para uso dos mesmos juízes (1859); Novo guia teórico e prático dos juízes municipais e de órfãos, em dois volumes, a segunda edição datada de 1862 e impressa pela Laemmert; Novo advogado do povo, já em cinco edições; Guia prático do povo no foro civil e criminal e Código Criminal do Império do Brasil, em três edições estas duas últimas obras; Manual dos promotores e Livro dos jurados, ambas edições datadas de 1887; Manual do leigo em matéria civil e criminal (livro de estreia, 1855); Novo manual da Guarda Nacional; Advogado comercial (1857); Código comercial anotado; Leis e atribuições das assembleias provinciais; Manual dos juízes de direito, além do opúsculo Canhenho dos depositários. Publicou ainda: Jardim poético, em dois volumes, impressos em Vitória, na tipografia de Pedro Antônio d’Azevedo, a primeira série em 1856 e a segunda, quatro anos depois; Seleta brasiliense, em dois volumes, editados, no Rio, pela tipografia do Diário do Rio de Janeiro, o primeiro volume em 1868 e o segundo em 1870; Catecismo histórico e político, seguido de máximas e pensamentos de diversos autores, Vitória, 1859, trabalho dedicado ao doutor Pedro Leão Velloso, então presidente da Província do Espírito Santo, e Ensaios sobre a história e a estatística da província do Espírito Santo, a primeira história impressa desta província, em 1857, estampando um belo retrato litográfico do autor (249p.). Atuando na imprensa, foi redator de O Tempo, cujo primeiro número saiu a 1º de novembro de 1861 e do Semanário, “órgãos dedicados à história e à literatura mais do que à política”, este último circulando de janeiro de 1857 a 03 de março de 1858. Pertenceu a várias entidades culturais do país, foi agraciado com a Imperial Ordem da Rosa, no grau de cavaleiro, tendo falecido no Rio de Janeiro, em 26 de novembro de 1874.

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